Colisão de meteorito na Lua cria brilhante explosão


O impacto de uma rocha espacial em alta velocidade na superfície da Lua desencadeou a mais brilhante explosão lunar já vista, dizem os cientistas.

Um vídeo do impacto, que ocorreu em 11 de setembro de 2013, foi apresentado no final de fevereiro de 2014. O flash gerado pelo impacto foi quase tão brilhante quanto o de uma estrela de segunda magnitude. Isso significa que esse impacto foi visível para qualquer pessoas que estivesse olhando para a Lua naquele dia, às 08h07 UTC.




"Naquele momento eu percebi que tinha visto um evento muito raro e extraordinário", disse José Madiedo, professor da Universidade de Huelva. Madiedo testemunhou a colisão usando dois telescópios que fazem parte de um sistema de detecção de impactos na Lua, no sul da Espanha.

A rocha espacial colidiu a uma velocidade impressionante de 61.000 km/h, gerando uma nova cratera de cerca de 40 metros de largura na região conhecida como Mare Nubium. Os cientistas acreditam que a rocha espacial responsável por tal colisão deveria ter cerca de 400 kg, com diâmetro de aproximadamente 1 metro.

A imagem mostra a região de Mare Nubium, onde ocorreu a colisão com o meteorito.

Se uma rocha espacial deste tamanho atingir a Terra, pode criar uma espetaculares bolas de fogo no céu, mas provavelmente não seria uma ameaça para as pessoas em terra, explicaram os pesquisadores. Já a Lua, que não tem uma atmosfera como a Terra, é bastante vulnerável a colisão com meteoritos.

A energia liberada por este impacto foi comparável a uma explosão de cerca de 15 toneladas de TNT. Foi pelo menos três vezes mais poderoso do que o maior evento observado anteriormente.


Normalmente, os flashes desses impactos duram apenas uma fração de segundo, mas o ponto brilhante visto por Madiedo brilhou por oito segundos, tornando-se o brilho de impacto mais longo já observado. Desde 2005, o programa de monitoramento de impacto lunar da NASA, tem observado mais de 300 colisões de meteorito na superfície lunar.

"Nossos telescópios continuarão observando a Lua assim como nossas câmeras monitoram constantemente os meteoros na atmosfera da Terra", disse Madiedo em um comunicado. "Desta forma, esperamos identificar grupos de rochas que poderiam dar origem a eventos de impacto comuns em ambos os corpos. Também queremos descobrir de onde vem esses asteroides."

Fonte: Galeria do Meteorito.

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